O bispo da Diocese de Tianguá celebrou o início do Tríduo Pascal com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor na última Quinta-feira Santa (09).

Concluindo o período de 40 dias da Quaresma, o Tríduo Pascal foi iniciado com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor na última Quinta-feira Santa (09). A considerada Quinta-feira Maior do ano celebrou a instituição da Eucaristia e da Ordem Sacerdotal, realizada por Jesus durante a Última Ceia. Na ocasião da celebração, o bispo da Diocese de Tianguá, Dom Francisco Edimilson, enfatizou a importância da comunhão espiritual e do amor em atos concretos testemunhado por Jesus, enquanto meios de fé e caridade para este tempo de pandemia.

 De acordo o bispo diocesano, a Última Ceia que Jesus realizou com seus discípulos não ficou presa no tempo, na história, porque o Senhor instituiu a Eucaristia como um testamento, como um sinal vivo da sua presença. “Cada vez que nos reunimos para celebrar a Santa Missa torna-se presente o memorial da Cruz de Cristo e a Última Ceia se atualiza: “Fazei isto em memória de mim”. Cristo escolheu o pão e o vinho para serem os sinais da sua presença, não como representação, mas como de fato Ele prometeu: seu Corpo e o seu Sangue”

As palavras de Dom Edimilson exortaram que a Ceia do Senhor não é um jantar qualquer, não é uma simbologia, pois nela, atualiza-se a entrega de Jesus ao Pai. “Esta Ceia repleta de gestos, de sinais, nos aponta para a grandiosidade do Sacramento da Eucaristia que deve ser celebrado na simplicidade, por isso que se sobressai também neste dia o Lava Pés. Jesus toma a jarra, bacia e toalha e lava os pés dos seus discípulos, um gesto que sela a atitude de Cristo como servo obediente, sofredor, Aquele que veio para servir e não ser servido”, declara o bispo, pontuando que, com o Lava Pés, Jesus transformou a autoridade em serviço.

“Amai-vos uns aos outros”

Ao refletir sobre o testamento de amor dado por Jesus a seus discípulos e, por seguinte, a todos os cristãos: “Amai-vos uns aos outros”, Dom Edimilson explicou que esse mandamento coloca o amor de Jesus como modelo a ser seguido. “Não se trata apenas de amar ao próximo, se trata de amar como Cristo amou. De que forma Cristo amou? Dando sua vida. Nesses dias de pandemia, temos acompanhado o testemunho de padres, bispos, leigos (as), freiras, frades, de pessoas que, cuidando dos enfermos, deram suas vidas pela causa da caridade, pelo mandamento do amor”.

A todos os fiéis que acompanharam a Celebração pelos meios de comunicação, Dom Edimilson expressou o seu desejo que o Corpo e o Sangue de Jesus sejam fonte de alimento e remédio para a alma à toda humanidade, sobretudo neste tempo em que a pandemia do Covid-19 assola todo o mundo. “Hoje, ao contemplarmos o mistério da instituição da Eucaristia, vocação sacerdotal, o mandamento do amor, nós queremos agradecer ao Senhor por esta nova Páscoa que Ele instituiu para nós. O Sangue derramado na Cruz, oferecido em cada missa que celebramos, cura e santifica a humanidade. Que a Eucaristia seja o alimento da comunidade cristã para nos fortalecer contra o mal”, desejou.

Comunhão Espiritual

O convite do Papa Francisco à comunhão espiritual - que motiva os fiéis em todo o mundo para se colocar diante de Jesus, em oração, para acolhê-Lo em seu coração - foi reforçado pelo bispo Dom Edimilson como expressão de fé, união e amor à Eucaristia. “Espiritualmente estamos unidos na comunhão espiritual. Talvez como nunca hoje você faça uma das mais belas comunhões de sua vida pelo desejo da alma. Pelo desejo de recebê-Lo na Eucaristia, o Senhor visita sua casa e fará a ceia com você, repartindo o Seu Corpo e Sangue que é vida para o mundo. A comunhão espiritual nos une hoje no dia que celebramos a instituição da Eucaristia, a comunhão espiritual gera em nós um laço de fé estreito e forte que nada poderá romper”.

Por fim, o bispo pediu oração pelos sacerdotes da Diocese e por todos os sacerdotes do mundo inteiro. “Que através do nosso ministério, a Eucaristia nunca deixe de ser celebrada ainda que sozinhos em uma igreja, ainda que transmitidos pelos meios de comunicação, trancados em capelas particulares ou até proibidos de celebrar publicamente, em lugares impedidos pelos regimes totalitários... Que cada padre se sinta amado, confortado pelo amor de Jesus, chamado a fazer a experiência do sacrifício e da entrega total a Cristo. Eucaristia, presença e comunhão. Senhor, dai-nos sempre deste pão!”, concluiu.

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Créditos das Fotos: Patrick Souza |Pascom de Sant'Ana

Créditos a Matéria: Ingrid Monteiro| Amex Assessoria