Festa da Misericórdia: “A misericórdia do Senhor não é exclusivista, ela abraça a todos”
Na Diocese de Tianguá, a Festa da Divina Misericórdia foi celebrada pelo Bispo Dom Edimilson com o Tríduo nos dias 16 a 18 de abril. A programação foi encerrada com a Santa Missa no último domingo, 19.
A festa cuja origem está nas aparições de Jesus Misericordioso a Santa Faustina Kowalska, uma freira polonesa da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, aproxima, a cada ano, mais fiéis católicos para a devoção à Divina Misericórdia. A festividade realizada sempre no segundo domingo da Páscoa do Senhor foi celebrada no último dia 19, na Diocese de Tianguá, pelo bispo Dom Francisco Edimilson.
Este ano, a Festa da Divina Misericórdia ocorreu com a celebração do Tríduo nos dias 16 a 18 de abril, às 15h. A programação foi encerrada com a Santa Missa no último domingo, transmitida pelas redes sociais da Diocese e através da Rádio Santana 99,3 FM. “A festa de hoje foi instituída por São João Paulo II que canonizou aquela que recebeu aparições de Jesus, Santa Faustina, reconhecida por sua santidade e pelas mensagens do seu diário que são na verdade uma herança espiritual. Deus fez com que Santa Faustina publicasse para o mundo uma verdade que nós cremos, uma verdade que já está contida nas Sagradas Escrituras em toda a sua extensão: “Deus é Misericórdia!”. Esta misericórdia assumiu a natureza humana em Jesus Cristo, misericórdia do Pai, a mão de Deus estendida à humanidade”, explicou Dom Edimilson.
A partir do Evangelho de São João (Jo 20,19-31), o bispo diocesano refletiu sobre a riqueza das aparições de Jesus, o qual, ressuscitado, aparece aos seus apóstolos, coloca-se no meio deles e diz: ‘A paz esteja convosco’. “A paz é um dom pascal. Cristo é Aquele que traz paz ao coração, Aquele que acalma, aquieta a nossa alma, não no sentido de nos incomodar, mas no sentido de colocar em nosso coração confiança, fé, esperança que são dons divino. Tomé não estava presente e não acreditou no testemunho dos discípulos”, pontuou.
Na ocasião, Dom Edimilson comentou as palavras do Papa Francisco, o qual celebrou este ano a Festa da Divina Misericórdia, a poucos metros da Praça São Pedro, na Igreja do Santo Espírito em Sassia, um santuário romano dedicado à espiritualidade de Jesus misericordioso. “Hoje me senti tocado por uma frase muito forte usada pelo Papa Francisco: ‘Deus não deixa para traz ninguém, Deus em seu Filho Jesus Cristo não deixa para traz quem quer que seja’. Por que Jesus aparecer de novo a Tomé? Poderia Jesus simplesmente dizer: “Já apareci, acredite se quiser”, mas já encontramos nesse gesto a misericórdia de Jesus que vai ao encontro de Tomé. Jesus quer o seu coração, sua fé. Jesus veio para nos buscar e não deixa para traz ninguém, a misericórdia do Senhor não é exclusivista, ela abraça a todos, por isso Cristo vem e aparece a Tomé”.
Gestos de misericórdia
Nesta Festa da Misericórdia, em um cenário de pandemia e dificuldades em todo o mundo, Dom Edimilson reforçou as palavras do Papa Francisco para o alerta ao risco da indiferença para com os que sofrem, a preocupação excessiva com o bem-estar pessoal, de forma egoísta a ponto de esquecer da misericórdia do Senhor. “Hoje mais do que nunca gestos de misericórdia, comportamentos generosos são necessários, pois como nos dizia o Papa, não conseguiremos vencer essa crise se não for na comunhão, se não formos juntos, em unidade, na partilha e solidariedade. A partilha nas primeiras comunidades nos aponta para nós o que devemos fazer em meio a tantas situações. Não deixemos ninguém para traz, porque Jesus não deixa ninguém para traz mesmo percebendo a incredulidade de Tomé, o Senhor vai ao seu encontro”.
De acordo com Dom Edimilson, a fé é a capacidade de se lançar em uma belíssima aventura de entrega e abandono nas mãos de Deus, sem isso não seria fé, ela é a capacidade de transcender e ir a diante, de conformar a vida aos valores de Cristo. “É dar a vida para que outros tenham vida e vida em abundância. Temos visto esses dias quantos gestos de pessoas que, por causa da fé em Cristo, doaram sua vida. Só na Itália mais de 60 padres morreram, estavam servindo aos hospitais, dezenas de freiras falecidas, bispos, pessoas que doaram suas vidas pela causa do outro. Esta é a fé precisamos, em meio as provações, em meio as dificuldades, testemunharmos que nós cremos no Senhor. Que nesta festa da Divina Misericórdia, o Senhor nos dê a capacidade de sermos também misericordiosos, pois os gestos de amor e misericórdia pode transformar o mundo”, concluiu.
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Créditos das fotos: Patrick Souza |Pascom de Sant'Ana
Crédito do texto: Ingrid Monteiro | Amex